8 de dezembro de 2011


Uma carta sem muita inspiração para você.

Um dia você perguntou-me o que eu poderia escrever sobre você, já que escrevi sobre todos os outros caras que estive apaixonada e você leu os escritos.

Não sabia por onde começar, até porque o nosso tipo de situação é inusitada, principalmente para você.


O que eu poderia escrever para você? Não saberia quais palavras colocaria aqui e nem saberia por onde começar... Às vezes, ela vem com tanta facilidade e eu vou digitando ou até escrevendo a próprio punho no caderno conforme a minha imaginação voa.

Mas hoje não é o caso. Estou sem inspiração. Não, não é por sua causa, você também é poesia para mim, mas queria escrever algo belo, profundo, que ultrapasse as barreiras de Estados e cidades até você. Algo que você ficaria lendo e lendo e lendo, sem parar, deliciando-se com as palavras, bebendo-as com voracidade. Mas não é o caso de hoje, hoje não.

Por exemplo, não sei dizer-lhe que sua presença me encanta. Não sei por que, mas você tem uma magia, um jeito gostoso de ser expressar e sua voz me deixa meio-sei-lá. É como se me levasse para um lugar remoto, longe de tudo e todos. Um lugar tranqüilo, com uma rede embaixo de coqueiros, e muita água de coco. É o tipo de voz que eu gostaria de ouvir quando fosse dormir, me ninando. Grossa, forte, mas gentil.

Alias, gentil é outro adjetivo que posso dar-lhe, porque até onde te conheço não o vi destratando ninguém. Outra qualidade que acho digna e que um dia quero ter (não sei se conseguirei, mas quem sabe, né? Você me ensina?)

Fico pensando, momentos antes de fechar os olhos, quando estou deitada na cama, em como me sinto bem contigo e também como tudo flui com você, e é nesse momento, antes de virar para o lado e fechar os olhos, peço a Deus(Criador) que ele lhe ilumine e ajude a buscar o que procura. Porque pessoas boas devem ter o melhor, sempre!
Eu adoro você e mesmo não nos vemos como deveríamos, nos contatamos quando podemos, e sentimos algo além do que pensávamos sentir, e isso é bom.

Você é o tipo de cara que procuro (eu já falei isso também. Minha sina é viver repetindo as coisas para você, além de perguntar, né?) e me desculpe às vezes, ser absurdamente chata, mas é algo que você vai ter que levar junto com o pacote caso me queira. Isso e as TPMs.

Posso citar tantas coisas sobre você... Mas porque dizê-las?? Talvez não saiba, mas haja o que houver, você terá seu espacinho reservado dentro do meu coração, sossegadinho e sem muito estresse, como todo baiano gosta (será?)
E, para terminar, cito um trecho de uma poesia que gosto de ler, mas que talvez seja boa para o momento já que estou sem inspiração:


“E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...”

Pablo Neruda

Dani Lima
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1 comentários:

Vinicius disse...

Fernando Pessoa disse que as cartas de amor são ridículas. E que elas só são cartas de amor por serem ridículas. Talvez, porque a carta de amor revele essa dimensão inacesível da vida (até o momento do entrelaçamento). Pois depois do entrelaçamento (as cartas tendem a sumirem e dão lugar a vida cotidiana). E talvez seja a vida cotidiana que torne o amor ridículo, banal, efêmero. Ou não. Talvez seja outra coisa. Eu sei que as cartas podem se tornar perigosas. O que a senhorita pensa a respeito?

Abraço

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