27 de dezembro de 2011


Aquilo que faço...



Certa vez contei uma mentira a um homem. Ele respondeu dizendo me isto, 
- Todas as decisões que devo tomar serão baseadas nas suas palavras. 
Desde então, eu só disse a verdade. 
Certa vez reclamei de um presente que recebi, porque não era o que eu queria. Aquele que me presenteou percebeu o desapontamento em meus olhos e disse-me isto, 
- Escolhi o presente mais valioso que poderia encontrar, porque achei que você deveria ter um deste. 
Desde então, fico muito alegre com cada presente que recebo. 

Certa vez um homem contou-me um segredo, o qual eu sussurrei baixinho no ouvido de um outro amigo. O homem disse-me isto, depois de ouvir seu segredo repetido, - A razão pela qual contei-lhe o segredo foi porque confiei em você, não em seu amigo. 
Desde então, não confio assim tão facilmente. 

Certa vez dei um presente a uma amiga e ela chorou. Me desculpei por ser um presente tão pequeno mas era o que eu tinha encontrado. E ela me respondeu, 
- Não há nada de errado com o presente, estou emocionada porque você lembrou-se de mim. 
Desde então, eu dou presentes freqüentemente. 
Estava tentando apenas ser eu mesmo, passando despercebido sem chamar atenção. E me foi dito isto, 
- O fato de você não se adequar faz com que você fique fora de tudo. 
Desde então, eu penso sobre isto. 

Eu sou o CENTRO de MEU UNIVERSO mas eu não vivo aqui sozinho. 
Cada movimento que faço cria uma onda no oceano do outro. 
Cada vez que respiro eu afeto todo o ar a minha volta. 
Cada palavra que expresso bate no ouvido de alguém. 
Aquilo que eu toco é sentido por outra pessoa. 
Aquilo que faço, certamente afetará alguém. 
O que não faço, também afetará pessoas. 
Nós nunca sabemos a distancia realmente alcançada por algo que falamos ou fazemos até que nos retorne... 
Todas as coisas na vida formam um círculo e estamos no meio dele, quer o vejamos ou não... 
E tudo que devo fazer é criar agradáveis ondas, aquelas que envolvem calorosamente tudo em torno de mi
m, e que voltam suaves, fazendo por sua vez que eu crie, cada vez mais, ondas agradáveis.
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23 de dezembro de 2011


A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."
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A vocês, flores e cravos,



Desejo que o seu natal seja abençoado, que curta cada minuto desse momento especial com seus familiares, amigos ou até mesmo sozinho. E lembre-se que Natal não é a somente a época de ganhar presentes, se vestir bem e nem gastar com ceia. Natal é muito mais que consumir, Natal significa Nascimento. Uma celebração de Vida. 
Desejo que celebrem a Vida e nunca esqueçam o significado 
dela.

Se Natal é o Nascimento, o Ano Novo, que procede o Natal, é o novo ciclo que se reinicia. Ou seja, estamos Nascendo de Novo. Caminhando para novas lutas, novos objetivos, nos momentos marcantes com aqueles que amamos ou que vamos conhecer no decorrer desse ciclo. Teremos perdas, ganhos; chances, derrotas; alegrias e tristezas;

Mas isso faz parte do milagre que se chama Vida.

Que vocês "Nasçam" e Renovam-se a cada ciclo que passar e que nesses ciclos eu tenha a oportunidade de estar contribuindo, em parte, com a realização dele.

Um grande beijo nas bochechas gordas ou magras de vocês e que Deus/Criador abençoe cada momento das suas vidas.

Beijos.
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19 de dezembro de 2011


Quem sou eu

Muito difícil escrever quem eu sou, porque vivo em completa mudança. Não posso dizer que sou assim e que faço isso e que acredito naquilo, que sigo um ideal, que não como aquela coisa porque tem uma “cara horrível” e que gosto de ouvir determinado gênero de música.

Na verdade, eu sou uma pessoa que muda constantemente dependendo da situação e do meio em que vivo. Seria chato ser uma pessoa imutável.

Cada pessoa me vê de um jeito, assim como eu tenho uma imagem diferente daquilo que ela vê. Posso ser a mulher simpática (ah, isso eu sou. Tá bom. Algumas pessoas acham que não. Depende muito da minha boa vontade. Está vendo? Até aqui vivo na mudança), amiga, extrovertida, sincera, “bocuda”, briguenta, sentimental, racional, feminista, feminina e etc.
Não que eu seja volúvel, que não ofereço confiança só porque mudo de idéias conforme a passagem do tempo, eu acredito que eu seja confiável, mas faz parte da vida essa metamorfose, né?

Até Raul Seixas dizia:Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”

Eu sou contradição de sentimentos, pensamentos: Choro, rio, acredito e desacredito; apaixono e com o tempo, desapaixono e assim vai... Na verdade, sou um caleidoscópio de sensações.

Eu poderia ter começado essa redação falando de todos meus defeitos e virtudes, ter aumentando um pouquinho ali, feito um draminha aqui, mas acontece que há algo que sempre busco ser, independentemente dessa mudança que ocorre em mim, procuro ser franca no que sinto e no que escrevo. É muito difícil o ser, porque existem situações que você será obrigado a mentir, mas tento.

E, francamente, gosto muito de viver. Mesmo sabendo que é impossível ser feliz o tempo inteiro, mas é tão bom viver e continuar sendo essa pessoa que sou.

 Dani Lima
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Por que o impossível?

Por que, algumas vezes, temos a tendência em gostar daquilo que está fora do alcance das nossas mãos? por que simplesmente optar pelo que está perto, o que está mais acessível?por que ir tão distante para encontrar, se pode também achar aqui, ao seu redor?Estranhamente, são perguntas que não consigo entender, e acho que nunca entenderei, até porque é algo que está tatuado em mim. Ir em busca do improvável, impossível...E, muitas vezes, não consigo obtê-lo, mas fica a sensação de pelo menos, tive a oportunidade de ter tentado, conhecido ou até mesmo sonhado.

Dani Lima
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18 de dezembro de 2011


Não suporto meio-termo



Não suporto meio termo, metadinha, meia boca, meia foda. 
Mais ou menos me brocha inteira, dos pés a cabeça. 
Meia noite, meia luz e meia lua são metades que eu engulo. 
Gosto do pensamento que estupra a cabeça, do cheiro que estupra meus poros, do desejo que estupra meu sossego. 
É assim que a mulher gosta de ser violentada - sem dó.
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Deu namoro???



Algo que aconteceu comigo...

** Detalhe: uma semana depois do meu aniversário e tínhamos marcado um encontro, só que ele não pode ir porque alegou "dores no estômago".
Quando cheguei em casa, depois de sair da faculdade e abri o Face... 

...Veio a bomba!

Perguntei ao cretino,por sms, porque não estava com condições de conversar. Ele confirmou tudo.

Depois de um tempo, descobri que ele estava com nós duas e estava indeciso. Não sabia qual iria escolher. Enfim, sofri um pouquinho, depois levantei os ombros e fui à luta. Fui esquecendo aos poucos, e hoje estou aliviada por isso ter acontecido. Por isso que falo para as minhas amigas que, depois de um tempo tudo passa, sofrimento, dor de cotovelo, depressão, saudade... Passa e você começa a ver as coisas como de fato eram e são.

Recentemente, qual foi a minha surpresa quando o dito cujo mandou uma mensagem dizendo que ainda me amava e que não tinha me esquecido, e que precisava me encontrar. Fui decisiva na minha resposta, quando lhe falei que não sentia mais atração por ele, e que nem o amava mais e que se por acaso ele terminou com a namorada( ele disse que ainda namorava) e que era melhor ele "deixar de me amar"(histórinha para boi dormir, né?) e ser feliz com a namorada.

Tenho quase certeza que algumas espécies masculinas pensam que as mulheres são otárias para cair no "eu te amo ainda, nunca te esqueci" ou " vou separar da minha namorada/esposa para ficar com você".

Não caiam nessa, flores!Este tipo de homem é safado. Gosta de ter uma mulherzinha para cuidar dele em casa, e uma para comer fora.
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Não me dê conselhos



(...)Então, por favor: não me dê conselhos. Tudo que você conhece de mim é a embalagem. Você não sabe o que vai aqui dentro. Não sabe o que eu já vivi. E, mesmo que eu te contasse, você nunca saberia, porque nunca sentiu por mim. Você não sabe o quanto eu gosto (ou não) daquele cara que você acha idiota. Então, não venha me dizer que ele não presta. Quem tem que saber disso sou eu. Quem sabe o tanto que é bom quando eu estou com ele sou eu. Não venha me dizer que fulano ou beltrano são os caras ideais pra mim. Porque, por incrível que possa parecer, eu não acho a mínima graça neles. Não venha me dizer se eu devo trabalhar mais ou trabalhar menos. Gastar mais ou gastar menos. Beber mais ou beber menos. Sair mais ou sair menos. Comer mais ou comer menos. Comer carne ou não. Comer comida japonesa ou não. Ir pra festa X ou Y. Não me julgue pelo que eu faço, pelos lugares que eu freqüento ou pelas pessoas com quem eu me relaciono. Antes de me telefonar pra dar conselhos sobre quem “presta” ou “não presta” pra mim, preste mais atenção na sua própria vida. Se quer um conselho, não vou te dar. Acho que você deveria fazer o mesmo. Apenas acho.
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Me enlouqueça



Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!
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Aquilo...



Aquilo que você corre atrás ou foge não vale a pena, porque o que vale mesmo e é de verdade, é aquilo que fica.


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Motel



Mirtes não se agüentou e contou para a Lurdes:

- Viram teu marido entrando num motel.
A Lurdes abriu a boca e arregalou os olhos. Ficou assim, uma estátua de espanto,durante um minuto, um minuto e meio. Depois pediu detalhes.
- Quando? Onde? Com quem?
- Ontem. No Discretíssimu's.
- Com quem? Com quem?
- Isso eu não sei.
- Mas como ? Era alta? Magra? Loira? Puxava de uma perna?
- Não sei, Lu.
- Carlos Alberto me paga. Ah, me paga.

Quando o Carlos Alberto chegou em casa a Lurdes anunciou que iria deixá-lo e contou por quê.
- Mas que história é essa, Lurdes? Você sabe quem era a mulher que estava comigo no motel. Era você!
- Pois é. Maldita hora em que eu aceitei ir. - Discretíssimu's! Toda a cidade ficou sabendo. Ainda bem que não me identificaram.
- Pois então?
- Pois então, que eu tenho que deixar você. Não vê? É o que todas as minhas amigas esperam que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo marido e não reagir.
- Mas você não foi enganada. Quem estava comigo era você!
- Mas elas não sabem disso!
- Eu não acredito, Lurdes! Você vai desmanchar nosso casamento por isso? Por uma convenção?
- Vou!
Mais tarde, quando a Lurdes estava saindo de casa, com as malas, o Carlos Alberto a interceptou. Estava sombrio:
- Acabo de receber um telefonema - disse. - Era o Dico.
- O que ele queria?
- Fez mil rodeios, mas acabou me contando. Disse que, como meu amigo, tinha que contar.
- O quê?
- Você foi vista saindo do motel Discretíssimu's ontem, com um homem.
- O homem era você!
- Eu sei, mas eu não fui identificado.
- Você não disse que era você?
- O que? Para que os meus amigos pensem que eu vou a motel com a minha própria mulher?
- E então?
- Desculpe, Lurdes, mas...
- Mas o quê???
- Vou ter que te dar uma surra...
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8 de dezembro de 2011


Uma carta sem muita inspiração para você.

Um dia você perguntou-me o que eu poderia escrever sobre você, já que escrevi sobre todos os outros caras que estive apaixonada e você leu os escritos.

Não sabia por onde começar, até porque o nosso tipo de situação é inusitada, principalmente para você.


O que eu poderia escrever para você? Não saberia quais palavras colocaria aqui e nem saberia por onde começar... Às vezes, ela vem com tanta facilidade e eu vou digitando ou até escrevendo a próprio punho no caderno conforme a minha imaginação voa.

Mas hoje não é o caso. Estou sem inspiração. Não, não é por sua causa, você também é poesia para mim, mas queria escrever algo belo, profundo, que ultrapasse as barreiras de Estados e cidades até você. Algo que você ficaria lendo e lendo e lendo, sem parar, deliciando-se com as palavras, bebendo-as com voracidade. Mas não é o caso de hoje, hoje não.

Por exemplo, não sei dizer-lhe que sua presença me encanta. Não sei por que, mas você tem uma magia, um jeito gostoso de ser expressar e sua voz me deixa meio-sei-lá. É como se me levasse para um lugar remoto, longe de tudo e todos. Um lugar tranqüilo, com uma rede embaixo de coqueiros, e muita água de coco. É o tipo de voz que eu gostaria de ouvir quando fosse dormir, me ninando. Grossa, forte, mas gentil.

Alias, gentil é outro adjetivo que posso dar-lhe, porque até onde te conheço não o vi destratando ninguém. Outra qualidade que acho digna e que um dia quero ter (não sei se conseguirei, mas quem sabe, né? Você me ensina?)

Fico pensando, momentos antes de fechar os olhos, quando estou deitada na cama, em como me sinto bem contigo e também como tudo flui com você, e é nesse momento, antes de virar para o lado e fechar os olhos, peço a Deus(Criador) que ele lhe ilumine e ajude a buscar o que procura. Porque pessoas boas devem ter o melhor, sempre!
Eu adoro você e mesmo não nos vemos como deveríamos, nos contatamos quando podemos, e sentimos algo além do que pensávamos sentir, e isso é bom.

Você é o tipo de cara que procuro (eu já falei isso também. Minha sina é viver repetindo as coisas para você, além de perguntar, né?) e me desculpe às vezes, ser absurdamente chata, mas é algo que você vai ter que levar junto com o pacote caso me queira. Isso e as TPMs.

Posso citar tantas coisas sobre você... Mas porque dizê-las?? Talvez não saiba, mas haja o que houver, você terá seu espacinho reservado dentro do meu coração, sossegadinho e sem muito estresse, como todo baiano gosta (será?)
E, para terminar, cito um trecho de uma poesia que gosto de ler, mas que talvez seja boa para o momento já que estou sem inspiração:


“E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...”

Pablo Neruda

Dani Lima
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4 de dezembro de 2011


Em 2012...



Em 2012 eu vou buscar algo que as palavras não sabem explicar e que o coração espera alcançar.O papel será o elo que ligará as palavras ao coração, para que juntos possam entender o que eu ainda não entendo, mas procuro.


Danila Lima
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À procura



Sempre estive à procura de algo. Por muito tempo, nunca consegui identificar o que era. Mas sempre, para mim, as coisas se tornavam entediosas com o tempo. Não mantinha o foco, não me empenhava, pois dentro de mim estava vazio daquela sensação que buscava.


Sempre entrei com um pique novo para tudo que fazia, seja no trabalho ou nos estudos, mas com o tempo, tudo desandava. Era "aquilo" que me faltava me apertando de novo. Me fazendo lembrar...


É ruim perceber que você passa sua vida procurando alguma coisa, uma sensação que não acha em coisas e nem pessoas. Teve alguns momentos em minha vida que pensei que tinha encontrado, mas também foi algo em vão. Não sei se era algo utópico, que não existia. Era uma angústia desenfreada e um medo de me permitir, abafar aquilo que carregava, aquele fardo que me atormentava.


Nós, seres humanos, racionais, sempre estamos em busca satisfação, porque nada nos satisfaz por inteiro e eu tenho absoluta certeza que não exista isso: Satisfação completa. Sempre vamos procurar algo novo, outros lugares e pessoas. Seremos sempre atormentados pela sensação do "está faltando algo".


No meu caso, comecei a analisar a mim mesma. E, descobri o que sempre quis e nunca achei. Não encontrei no trabalho, não encontrei nos estudos, não encontrei em amigos, não encontrei em nada do que fazia ou gostava...


Eu descobri que sempre buscava aquilo que todos procuram, mas que existiam  interpretações diferentes ou até semelhantes dele por parte das pessoas. O que eu procuro e não consigo encontrar, o que me falta é AMOR.


Mas, não é esse amor de cinema, de livros de romance, não é o amor carnal, sentimental. Não é o Amor que foi criado pela sociedade, com seu padrão e conceitos, que muitos não conseguem alcançar e se frustam por isso.


O meu amor é o amor de dentro. O amor pelas coisas ao meu redor, pelo que faço, pelo que sinto e consigo, pelo que vivo, pelo que olho todos os dias na frente do espelho. O amor que não existe explicação e não tem formulas e nem conceitos, não tem como escrever no papel, nem num email. É um amor unilateral, situado em um só lugar: Em mim.


É a pitada de tempero que falta em minha vida.


É como se você preparasse um prato,  todos os dias, da mesma forma, usando os mesmo ingredientes. Às vezes, modifica e coloca alguma coisa nova, mas no fim, sempre tem o mesmo resultado, o mesmo sabor. Por que falta o essencial, que não coloquei porque não sabia qual tempero devia usar; ou até achava que compreendia e usei algo semelhante, mas que não chegava a ser o original e por isso, não alcançava o sabor perfeito do prato. 
É, isso, a minha vida é esse prato que fui preparando por muito tempo, mas sem a pitada necessária, a verdadeira essência para deixá-lo saboroso e suculento. 


Tudo se resume a isso: Amor.


Aquele amor que rege tudo.
Que não existe explicação, nem teorias, sem conceitos e métodos, sem poesia, sem disfarces e máscaras. O amor bruto, sem estar lapidado, mexido, bonito.


É isso... é essa a minha compreensão da minha necessidade diária.
Muitas de vocês vão ler, vão tirar suas próprias conclusões, interpretar de diversas maneiras, vão ter pena, vão me consolar e outras, vão se ver nessas palavras, vão analisar suas próprias ações;outras, vão falar que encontraram e que estão satisfeita.


Mas a minha pergunta final é essa, a que faço agora mesmo e faço para vocês:
Vocês encontraram o Amor?


Dani Lima
Blog Independentemente Mulher

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3 de dezembro de 2011


Caro, coração...

Meu caro coração, preciso muito lhe falar, é um assunto sério, e sei que talvez você vai ficar chateado, mas já faz algum tempo que ando percebendo algumas coisas e também descobri a verdade sobre você e preciso, como amiga, lhe abrir os olhos.

Sabe, coração, já faz algum tempo que você anda surripiando a função de outro órgão; vivendo de uma fama que não é sua. O sucesso subiu para a sua "cabeça"? Coração bobo, quando é que você vai aprender que é apenas um órgão que bombeia sangue para todo o corpo e quem realmente sente, sofre, apaixona é o sistema límbico localizado no cérebro??
Para de enganar-se, coração. Elas( as pessoas) só te usam. Não vê que está na "cara"? Você não percebe que até mudaram a sua feição, modificaram-na para parecer muita mais bonitinha e aceitável aos olhos delas?
Elas não dão valor para o que realmente faz!
E, o pobre do sistema límbico que anda com depressão já faz um tempo... Plagiaram a função dele, e ele passa desapercebido pelas pessoas. Imagina você se roubasse a sua função e desse a autoria para outra "pessoa". Você iria gostar?

Coração, coração... Acorda!
Antes que seja tarde demais...

Atenciosamente,
Dani Lima
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Ditadura da Beleza e Culto ao Periguetismo

Afff, não tenho nem mais gosto de ler notícia em jornais, revistas e nem em sites.
Não existe mais área de entretenimento, como teatro, shows e etc; agora, entretenimento é sobre a Bunda mais bela, o corpo mais torneado, quem vai ser a musa do carnaval. As notícias mais relevantes são brigas entre piriguetes, e quem será a TOP na mídia.  
É um show de bizarrice. Dá vontade de desligar a TV, fechar a aba da página na web, virar a página do jornal... alias, eu faço isso!!
É um culto a beleza tão forte que não resta espaço para coisas muito mais agradáveis como por exemplo, a inteligência, o conteúdo...
O corpo mais bonito é sinônimo de "respeito" e de passaporte para a fama. Subcelebridades que fazem de tudo para aparecer, até inventam uma gravidez fajuta, transam com algum artista ou jogador, ou arranjam um namoro falso para poder ser chamada para posar nua ou para fazer parte de algum programa na tv ou rádio. E pior, tira o emprego de gente que estuda por 4 anos, se qualifica para ser jornalista.
O que mais me preocupa é a mídia dar espaço para esse tipo de coisa e também, as pessoas acabarem se acostumando com isso e virando assunto rotineiro entre elas.
Essa ditadura da beleza persiste  há tanto tempo e que virou um mal do século, pois existe tanta criança, adolescente e adultos FRUSTADOS por não conseguir atingir tamanha perfeição( que geralmente é conseguida com muito photoshop, maquiagens e efeitos) e porque a própria sociedade acabou gerando um padrão de beleza a ser seguido.Exemplo: entrei em um site nesses dias que falava do mundo da celebridades, e uma cantora( não lembro qual) estava com um corpo normal e de aparência saudável, exceto claro por algumas gordurinhas aqui e ali( o que é natural, já que ninguém escapa e nem da celulite) e os comentários que se seguiram foram que a cantora estava gorda, feia, que tinha dinheiro e que podia mudar a aparência. Ou seja, para ser bela e saudável tem que ser MAGRA?? Ser feliz consigo mesma e com seu próprio corpo, independentemente da sua situação financeira, deixou de ser o principal, agora o importante é se mostrar "BELA" para uma sociedade tão hipócrita e defeituosa.


Posso dar um conselho??


Homens, nem todas as mulheres são frutas, plantas ou VAGABUNDAS. Por favor, respeite! 
E, mulheres, por favor, não desvalorizem a nossa raça. Porque as pessoas vendo esse tipo de comportamento acham que todas as mulheres são assim. E os homens acabam estereotipando todas por causa de algumas que são fáceis e começam a ter uma opinião formada sobre nós.
E, por ultimo:
Desliguem a TV e SALVEM seus filhos. Não os deixem preso a esse tipo de conceito desde cedo. Deixe-os viverem a infância e se sentirem crianças, cada qual no seu lugar. Deem amor, carinho, e ensinamentos do que é certo e errado e saibam, dinheiro não COMPRA felicidade da criança, nem brinquedos variados, comprados para suprir uma necessidade de atenção.  Diga NÃO quanto é necessário e NÃO, digo NÃO trate uma criança como se fosse um adulto. Isso fará muita diferença no desenvolvimento da mesma como adolescente e depois adulto.
Pode até não parecer, mas isso fará uma enorme diferença.


Danila Lima

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