Independ. Mulher

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27 de maio de 2014


Inteligente agora é ser feio...


Esteticamente falando, quem não segue o padrão de beleza que a sociedade impõe e nós mesmos carregamos interiormente, precisa de algo que ultrapasse essa barreira exterior. Ser inteligente é fundamental para todo mundo, mas nem todos são. 

E nem sempre ser inteligente quer dizer que o cara vai ser carinho, fiel, respeitoso. Inteligência não é associada a essas coisas. Ás vezes, aquele cara que é desprovido de "inteligência", é mais carinhoso e respeitador do que aquele que está cheio dela e é arrogante.

A frase dessa postagem tem várias interpretações e dá para refletir bastante em cima dela.

No caso da imagem, dá para imaginar que relacionada a se preferi um "feio" inteligente, do que um bonito burro. Ou que é preferível alguém que dê atenção ao conhecimento, do que para o próprio corpo. Ou usa o corpo para benefício próprio e não são inteligentes...

Sei lá... é uma frase cheia de esteriótipos.
O bonito é burro. O feio é inteligente. Quem faz academia é burro, quem vive enfiado nos livros é inteligente( há controvérsias). Ser bonito, cuidar do corpo e ser inteligente é raro (isso na cabeça de muitos).

Mas convenhamos, realmente existe esse povo que gosta de atrair os outros, chamar atenção, exibir -se com a própria beleza, seu ganha pão, mas não tem muito conteúdo na caixola...

... e tem aqueles "feios" que se tornam lindos quando conversam com a gente e tem muita coisa para se falar, sabem conduzir uma conversa, nos tratam como princesas e nos deixam super à vontade...

E também há os "feios" que se acham a última bolacha do pacote e que menosprezam as outras pessoas e que se acham superiores... E bonitões que exalam gentileza...

Pois é... não tem como generalizar todo mundo a partir da estética.
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10 de maio de 2013


Tua Família

Linda música!!

Vale a pena ouvir e refletir.


Percebe e entende que os melhores amigos
São aqueles que estão em casa, esperando por ti
Acredita nos momentos mais difíceis da vida
Eles sempre estarão por perto pois só sabem te amar
E se por acaso a dor chegar, ao teu lado vão estar
Pra te acolher e te amparar.
Pois, não há nada como um lar
Refrão:
Tua família volta pra ela
Tua família te ama e te espera.
Para ao teu lado sempre estar
Tua família volta pra ela
Tua família te ama e te espera
Para ao teu lado sempre estar
(Tua família).
Às vezes muitas pedras surgem pelo caminho
Mas em casa alguém feliz te espera, pra te amar
Não, não deixe que a fraqueza tire a sua visão
Que um desejo engane o teu coração
Só Deus não é ilusão
E se por a caso a dor chegar, ao teu lado vão estar
Pra te acolher e te amparar
Pois não há nada como o lar.
Tua família volta pra ela
Tua família te ama e te espera
Para ao teu lado sempre estar
Tua família volta pra ela
Tua família te ama e te espera
Para ao teu lado sempre estar
(Tua família)
Tua família
Nossa família
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30 de abril de 2013


A menina quebrada: Uma carta para Catarina, que descobriu que até as crianças quebram.


Era uma festa. Comemorávamos a vinda de um bebê que ainda morava na barriga da mãe. Eu havia acabado de segurá-la para que ela passasse a pequena mão na água da fonte do jardim. Ela tentava colocar o dedo gorducho no buraco para que a água se espalhasse, como tinha visto uma criança mais velha fazer. Parecia encantada com a possibilidade de controlar a água. Tem 1 ano e oito meses, cabelos cacheados que lhe dão uma aparência de anjo barroco e uns olhos arregalados. Com olheiras, Catarina é um bebê com olheiras, embora durma bem e muito. De repente, ela enrijeceu o corpo e deu um grito: “A menina…. A menina…. Quebrou”.  

Era um grito de horror. O primeiro que eu ouvia dela. Animação, manha, dor física, tudo isso eu já tinha ouvido de sua boca bonita. Aquele era um grito diferente. Não parecia um tom que se pudesse esperar de alguém que ainda precisava se esforçar para falar frases completas. Catarina estava aterrorizada. “A menina… A menina…” Ela continuava repetindo. Olhei para os lados e demorei um pouco a enxergar o que ela tinha visto em meio à tanta gente. Uma garota, de uns 10, 12 anos, talvez, com uma perna engessada. “Quebrou…” Catarina repetia. “A menina… quebrou.” 

Ela não olhava para mim, como costuma fazer quando espera que eu esclareça alguma novidade do mundo. Era mais uma denúncia. Pelo resto da festa, ela gritou a mesma frase, no mesmo tom aterrorizado, sempre que a menina quebrada passava por perto. Nos aproximamos da garota, para que Catarina pudesse ver que ela parecia bem, e que os amigos se divertiam escrevendo e desenhando coisas no gesso, mas nada parecia diminuir o seu horror. Os adultos próximos tentaram explicar a ela que era algo passageiro. Mas ela não acreditava. Naquele sábado de janeiro Catarina descobriu que as pessoas quebravam.  

Eu a peguei, olhei bem para ela, olho no olho, e tentei usar minha suposta credibilidade de madrinha: “A menina caiu, a perna quebrou, agora a perna está colando, e depois ela vai voltar a ser como antes”. Catarina me olhou com os olhos escancarados, e eu tive a certeza de que ela não acreditava. Ficamos nos encarando, em silêncio, e ela deve ter visto um pouco de vergonha no assoalho dos meus olhos. Era a primeira vez que eu mentia pra ela. E dali em diante, ela talvez intuísse, as mentiras não cessariam. Naquela noite, depois da festa, fui dormir envergonhada.  

O que eu poderia dizer a você, Catarina? A verdade? A verdade você já sabia, você tinha acabado de descobrir. As pessoas quebram. Até as meninas quebram. E, se as meninas quebram, você também pode quebrar. E vai, Catarina. Vai quebrar. Talvez não a perna, mas outras partes de você. Membros invisíveis podem fraturar em tantos pedaços quanto uma perna ou um braço. E doer muito mais. E doem mais quando são outros que quebram você, às vezes pelas suas costas, em outras fazendo um afago, em geral contando mentiras ou inventando verdades. Gente cheia de medo, Catarina, que tem tanto pavor de quebrar, que quebram outros para manter a ilusão de que são indestrutíveis e podem controlar o curso da vida. E dão nomes mais palatáveis para a inveja e para o ódio que os queima. Mas à noite, Catarina, à noite, eles sabem. 

E, Catarina, você tem toda a razão de duvidar. Depois de quebrar, nunca mais voltamos a ser como antes. Haverá sempre uma marca que será tão você quanto o tanto de você que ainda não quebrou. Viver, Catarina, é rearranjar nossos cacos e dar sentido aos nossos pedaços, os novos e os velhos, já que não existe a possibilidade de colar o que foi quebrado e continuar como era antes. E isso é mais difícil do que aprender a andar e a falar. Isso é mais difícil do que qualquer uma das grandes aventuras contadas em livros e filmes. Isso é mais difícil do que qualquer outra coisa que você fará.  

Existe gente, Catarina, que não consegue dar sentido, ou acha que os farelos de sentido que consegue escavar das pedras são insuficientes para justificar uma vida humana, e quebra. Quebra por inteiro. Estes você precisa respeitar, porque sofrem de delicadeza. E existe gente, Catarina, que só é capaz de dar um sentido bem pequenino, um sentido de papel, que pode ser derrubado mesmo com uma brisa. E essa brisa, Catarina, não pode ser soprada pela sua boca. Ser forte, Catarina, não é quebrar os outros, mas saber-se quebrado. É ser capaz de cuidar de seus barcos de papel – e também dos barcos dos outros – não como uma criança que os imagina poderosos, de aço. Mas sabendo que são de papel e que podem afundar de repente. 

Não, acho que eu não poderia ter dito isso a você, Catarina. Não naquela noite, não agora. Ao lhe assegurar, cheia de autoridade de adulto, que tudo estava bem com a menina quebrada, com qualquer e com todas as meninas quebradas, o que eu dei a você foi um vislumbre da minha abissal fragilidade. Esta, Catarina, é uma verdade entre as tantas mentiras que lhe contei, ao tentar fazer com que acreditasse que eu seria capaz de proteger você. Vai chegar um momento, se é que já não houve, em que você vai olhar para todos nós, seus pais, seus “dindos”, seus avós e tios, e vai perceber que nós todos vivemos em cacos. E eu espero que você possa nos amar mais por isso.  

Essa conversa, Catarina, está apenas adiada. Talvez, daqui a alguns anos, você precise me perguntar como se faz para viver quebrada. Ou por que vale a pena viver, mesmo se sabendo quebrada. E eu vou lhe contar uma história. Ela aconteceu alguns dias depois daquela festa em que você descobriu que até as meninas quebram. Nós estávamos na fila do caixa do supermercado perto de casa, com uma cesta cheia de compras, e havia um homem atrás de nós. Era um homem vestido com roupas velhas e sujas, parte delas quase farrapos. E ele cheirava mal. Poderia ser alguém que dorme na rua, ou alguém que se perdeu na rua por uns tempos. Ficamos com medo de que o segurança do supermercado tentasse tirá-lo dali, ou que a caixa o tratasse com rispidez, ou que as outras pessoas na fila começassem a demonstrar seu desconforto, como sabemos que acontece e que jamais poderia acontecer. Enquanto pensávamos nisso, ele nos abordou. E pediu, com toda a educação, mas com os olhos dolorosamente baixos: “Por favor, será que eu poderia passar na frente, porque tenho pouca coisa?”.  

Quando lhe demos passagem, vimos que o homem não tinha pouca coisa. Ele só tinha uma. Sabe o que era, Catarina?  

Um sabonete. Era o que havia entre as mãos de unhas compridas e sujas, junto com algumas moedas e notas amassadas, como em geral são as notas que valem pouco. Aquele homem, que parecia ter perdido quase tudo, aquele homem talvez ainda mais quebrado que a maioria, porque tinha perdido também a possibilidade de esconder suas fraturas, o que ele fez? Quando conseguiu juntar uns trocados, o que ele escolheu comprar? Um sabonete. 

Catarina, talvez um dia, daqui a alguns anos, você volte a me olhar nos olhos e a dizer: “A menina… quebrou”. Ou: “Eu… quebrei”. E talvez você me pergunte como continuar ou por que continuar, mesmo quebrada. E eu vou poder lhe dizer, Catarina, pelo menos uma verdade: “Por causa do sabonete”. 
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28 de abril de 2013


#EuRecomendo: "Um dia"




Acabei de ler “Um Dia” do escritor David Nicholls.
Ao comprá-lo, me interessei pela sinopse do livro, mas não sabia que já existia um filme dele (só fui saber depois que li a capa) e estralado pela Anne Hathaway e o lindão do Jim Sturgess.

Pela sinopse achei que seria mais uma daquelas histórias de amor, estilo comédia romântica, que infesta as prateleiras das livrarias ou as telonas do cinema, mas mesmo assim, resolvi comprar depois que li que a escritora de “Melancia” achou o livro M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O.

Pois bem, a história me surpreendeu, pois fala muito de amizade, reencontros, valores, sonhos, juventude, crises da vida adulta e de amor. Não aquele amor meloso, mas o amor cheio de falhas e que o tempo não consegue acabar, apesar dos caminhos diferentes que ambos os personagens trilham.

O livro começa falando sobre a perspectiva de dois jovens, Ema e Dexter, para o futuro, agora que estão formados. Ambos se conheceram na festa de formatura da universidade e estão na cama, na casa de Ema, mas não foram “as vias de fato”. Esse estranho encontro é o começo de uma amizade que perdura por 20 anos. E, ambos sabem que, depois desse dia, cada um buscará seu futuro, trilhando caminhos diferentes, buscando ideais e alcançando sonhos, o que vão perceber que nada acontece como planejamos.

O interessante é que o livro é narrado a cada 15 de julho, ao longo dos 20 anos, comemoração do primeiro encontro dos dois, no dia São Swithin, o que pode parecer estranho no começo, mas que torna a narração diferente.

Eu gostei muito do livro, apesar de que odiei Dexter muitas vezes por suas atitudes imaturas, principalmente em relação à Ema. Gostei muito de Ema se mostrar humana, cheia de defeitos e ideais e sonhos, ou seja, as personagens fogem daquela figura bonitinha e surreal que muitos livros nos cansam de enrolar.

Emma é inteligente, espirituosa, sonhadora, cheia de ideais, tem baixa auto-estima, insegura e pouquíssimas posses e apaixonada por Dexter. Mas, conforme os anos passam, Emma vai ganhando confiança em si mesma e isso reflete na sua aparência.

Dexter é rico, bom vivant, não sabe o que quer da vida, totalmente perdido, inconseqüente e arrogante. Ele entra nos conflitos da vida adulta, que passa por ele, sem ele verdadeiramente entrar, com suas responsabilidades e rotina. Dexter é um eterno adolescente, mesmo quando os anos passam e o seu corpo não tem a mesma firmeza de um, que só pensa em festas, em ser famoso, em sexo e noitadas. É extremamente inseguro, e só consegue ter autonomia com Ema, que é seu alicerce.Mas, um dia, Dexter terá que crescer...


Tenho lido muitas críticas. Umas elogiando, outras criticando. Mas, como odeio seguir opinião de terceiros, prefiro eu mesma tirar conclusões. E assim, eu digo para você: leia. E depois, tire a sua conclusão.


Sinopse:

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Emma levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
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23 de março de 2013


#PraDescontrair



A garotinha vai chegando na adolescência, as extremidades do seu corpo novinho já começam a ficar protuberantes e sua curiosidade pelo mundo aguça cada dia mais. Ela pega na estante de seu pai uma biografia do Dalai Lama, folheia, matuta, fecha o livro e olha pra cima fixamente.

– Pai, o que é carma?
– Carma?
– É.
– Peraí, como vou explicar? Já sei.

– Hum.
– Filha, quando o pai era garoto, gostava muito de aprontar. Namorava muitas menininhas do meu bairro, ficava com quase todas da minha rua, às vezes muitas ao mesmo tempo, sem uma saber da outra. Aí eu fui crescendo, fui pra faculdade, me casei e nada mudou, eu continuei comendo qualquer coisa que se movia…
– Sim, você sempre foi mulherengo, por isso a mãe se separou de você.
– Isso aí, por isso sua mãe se separou de mim.
– Tá, isso é carma?
– Não, carma foi Deus ter me dado uma filha bonita.

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Prefira aqueles que tem qualidade...


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Odeio gente perfeita demais, sorridente demais...

Odeio quem diz “oi, linda” só pra ganhar algo.
Odeio quem acaba de me conhecer e já diz “eu te amo”. Odeio. Odeio quem força simpatia, quem finge que gosta, quem diz “ah, somos só amigos” mas, lá no fundo, tá cheio de segundas intenções. Odeio quem chega abraçando, odeio quem faz drama e começa a chorar só pra ser o centro das atenções. Odeio quem se faz de coitado e mais ainda quem dá atenção a isso, mas também odeio quem trata as pessoas como um nada. Odeio o preconceito, mas principalmente, quem diz que a aparência não importa mas não quer ficar com alguém “porque é feio”. Odeio quem fica, de qualquer jeito. Odeio a capacidade que as pessoas têm de beijar sabendo que não tem sentimento. Odeio ilusões. Odeio quem aparece cheio de amor pra dar mas perde o tesão no meio do relacionamento. Odeio quem vai embora, mas odeio quem fica por falsidade. Odeio que tenham pena de mim. Odeio sentimentalismo, por mais sentimental que eu seja, lá no fundo.

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