28 de dezembro de 2012


Conto de fadas Moderno


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Sempre há uma saída...

Um homem, no limite de suas forças, atentou contra a própria vida com uma arma de fogo.

Ouvindo o tiro, o vizinho entrou naquele apartamento, e ao lado do corpo encontrou uma carta assim escrita:

" Não deu para suportar. Passei a noite toda como um louco pelas ruas. Fui a pé ... não tinha condições nem para dirigir. Perdi meu emprego por injustiça feita contra mim. Nada mais consegui. Ontem telefonaram avisando que minha pequena moradia no campo foi incendiada. Estava ameaçado de perder este apartamento por não ter podido pagar as prestações. Só me restou um carro tão desgastado que nada vale. Afastei-me de todos os meus amigos com vergonha desta humilhante situação. ... e agora, chegando aqui, não encontrei ninguém ... fui abandonado e levaram até minhas melhores roupas! Aquele que me encontrar, faça o que tem que ser feito. Perdão."

O vizinho dirigiu-se ao telefone para chamar a polícia. Quando esta chegou viu que havia recado na secretária eletrônica. Era a voz da mulher do morto:

" Alô! Sou eu! Ligue para a firma! O engano foi reconhecido e você está sendo chamado de volta para a semana que vem! O dono do apartamento disse que tem uma boa proposta para não o perdermos. Estamos na nossa casinha de campo. A história do incêndio era trote! Isso merece uma festa, não merece? Nossos amigos estão vindo para cá.

Um beijo! 
Já coloquei suas melhores roupas no porta malas do seu 
carro. Vem! "


**Por isso, espere. Não se desespere. Sempre há uma solução ou um engano**

Sempre há uma saída...
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Conselho da Tarde


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#EuRecomendo: Melancia


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22 de dezembro de 2012


Uma gravata e uma taça de vinho


Você confia em mim? - Sua voz é ofegante.

Faço que sim com a cabeça, os olhos arregalados, o coração saltando, o sangue latejando nas veias. Ele põe a mão no bolso da calça e tira aquela gravata de seda cinza-prateada...

(...) Com grande agilidade, ele monta em mim, já prendendo os meus pulsos, mas, dessa vez, amarra a outra ponta da gravata numa das colunas da cabeceira da cama. Ele puxa o laço, verificando se está firme. Não posso sair do lugar. Estou presa, literalmente, à minha cama, e estou muito excitada. (...)

- Se você se debater, amarro seus pés também. Se fizer algum barulho, Anastasia, eu a amordaço. Fique quieta. (...)

Ele torna a montar em mim, puxa a minha camiseta, e acho que vai tirá-la, mas a enrola até o meu pescoço e puxa um pouco mais para cima, deixando-me com a boca e o nariz descobertos, mas os olhos tapados. E, como a camiseta está dobrada, não consigo enxergar nada através dela. (...)

- Está com sede, Anastasia? - pergunta, num tom provocante.

- Estou - sussurro, porque de repente fico com a boca seca.
Ouço o gelo tilintando no copo, e ele se inclina e me beija, enchendo minha boca com um líquido delicioso e geladinho. É vinho branco. Aquilo é tão inesperado, tão quente, apesar de estar gelado e os lábios de Christian estarem frios. (...)

Fico tensa. Ele torna a balançar o copo, e me beija, passando para a minha boca uma pedrinha de gelo com um pouco de vinho. Sem pressa, ele vai me dando beijos gelados até chegar ao centro do meu corpo, começando no pescoço, descendo por entre os seios, passando pelo torso até a barriga. Solta um pedacinho de gelo em meu umbigo, numa poça gelada de vinho. Isso faz com que eu me sinta queimando por dentro, por todo o caminho, até lá embaixo. Uau. (...)

Com um dedo, ele abaixa os bojos do meu sutiã um de cada vez, levantando os meus seios, expostos e vulneráveis. Inclinando-se, ele beija e puxa os meus mamilos, um de cada vez, com aqueles lábios gelados. (...)

Ouço o gelo tilintar de novo, e aí o sinto em volta do mamilo direito enquanto ele puxa o esquerdo com os lábios. Gemo, tentando não me mexer. É uma tortura doce e aflitiva.

- Se derramar o vinho, não deixo você gozar.

- Ah... por favor... Christian... Senhor... Por favor.

Ele está me deixando louca. Ouço-o sorrir.
O gelo no meu umbigo está derretendo. Estou para lá de quente - quente e gelada e querendo ele dentro de mim. Agora. Seus dedos frios passeiam devagar pela minha barriga. Minha pele está supersensível, meus quadris arqueiam automaticamente, e o líquido no meu umbigo, agora mais quente, escorre pela minha barriga. Christian mais que depressa o lambe, me beijando, me mordendo de leve, me chupando.

- Anastasia, você se mexeu. O que vou fazer com você?
(...) Seus dedos deslizam para dentro da minha calcinha, e sou recompensada com o gemido ruidoso que ele deixa escapar.

- Ah, Ana - murmura, e enfia dois dedos dentro de mim.
Suspiro.

- Já está pronta para mim tão cedo - diz ele.

Ele fica enfiando e tirando os dedos com uma lentidão tentadora, e levanto os quadris, me apertando contra ele.

- Você é uma garota voraz - adverte ele baixinho, passando o polegar em volta do meu clitóris e depois pressionando-o.
(...) Ele se abaixa e me beija, ainda mexendo os dedos ritmadamente dentro de mim, rodando e pressionando o polegar. Ele me agarra pelo cabelo, impedindo que eu mexa a cabeça. Sua língua imita o que seus dedos fazem. Começo a tensionar as pernas fazendo pressão contra a mão dele. Ele relaxa a mão, obrigando-me a recuar quando já estou quase lá. Faz isso repetidas vezes. É muito frustrante...

Ah, por favor, Christian, grito mentalmente.

- Esse é o seu castigo, tão perto e, no entanto, tão longe. É legal? - sussurra ele no meu ouvido.
Gemo, exausta, esticando a amarra. Estou impotente, perdida num tormento erótico.
- Por favor - imploro, e ele finalmente tem pena de mim. (...)
Ah... meu corpo começa a estremecer. Ele para de novo. (...)
- O que você quer, Anastasia?
- Você... agora - imploro. (...)
Ele retira a mão e pega um envelopinho de papel laminado na mesa de cabeceira. Ajoelha-se entre as minhas pernas, e, bem devagar, tira a minha calcinha, olhando para mim, os olhos brilhando. (...)

"Estou explodindo de tensão sexual. Ele me olha por um instante, avaliando o meu desejo, aí me agarra de repente e me vira."

Isso me pega de surpresa, e, por estar com as mãos atadas, tenho que me apoiar nos cotovelos. Ele empurra meus dois joelhos cama acima, me deixando de quatro, e me dá uma palmada forte. Antes que eu possa reagir, ele me penetra. Grito - por causa da palmada e da súbita investida dele, e gozo na mesma hora e torno a gozar de novo e de novo, desmontando embaixo dele enquanto ele continua a me penetrar deliciosamente.

Ele não para. Estou exausta. Não aguento mais... e ele não para de meter... estou ficando excitada de novo... claro que não... não...

- Goza para mim, Anastasia, de novo - grunhe ele entre dentes, e, incrivelmente, meu corpo responde, estremecendo enquanto tenho outro orgasmo, gritando o nome dele. Torno a me estilhaçar em mil pedaços, e Christian para, finalmente se deixando ir, gozando calado. Ele desaba em cima de mim, ofegando.

~~ 50 Tons de Cinza
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A falta de alguma coisa que eu não sei o que é.



Eu sempre acho que amanhã será o dia de mudar de vez, de me assumir por completo. Mas daí o amanhã chega e tenho uma imensa preguiça de sair da minha área de conforto, porque é bem provável que ninguém entenda. E dá medo encarar o que é definitivo. E porque é mais fácil reclamar da vida do que torná-la leve de sobreviver.
Hoje eu sinto saudade e nem sei do quê. É uma angústia louca, um misto de vontade de chorar e sorriso leve. Eu não sei citar motivos, mas alguma coisa me falta. Estou ao mesmo tempo feliz e deprimida, tenho companhia e nunca fui tão sozinha, tenho sucesso e nunca me senti tão fracassada.
Eu crio mil planos pra mim e boicoto todos eles. A vida é tão cheia de ciclos e fases e eu me agarro doentiamente ao conhecido. Eu evito mudanças drásticas, sabendo que são meus impulsos mais interessantes e busco o conforto da mesmice. É ridículo, não há surpresas.
Ninguém nunca espera que eu saia dos meus limites. Quem me conhece de verdade? E quem sabe dos momentos que eu estou a ponto de explodir? As saudades são grandes, o telefone mudo. Me identifico com livros e personagens e nem tenho uma história pra contar. E se eu contar, quem vai se importar?
Eu me importo, e muito. Quero marcar mais quem passa por mim, quero perder esse medo de não agradar, essa preocupação em ser o que todos esperam. Tentando não incomodar ninguém eu fico neutra. Invisível. E todas as minhas experiências de falta de preocupação já me indicaram que seria bem melhor me assumir. Eu não sou tímida. Sou calculista.
E essa falta… Na verdade eu sei, mas não queria saber… É falta de mim.

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Estou cansada de beijo mais ou menos,
Homem mais ou menos,
Vida mais ou menos,
Gostos mais ou menos,
Pessoas mais ou menos,
Amigos mais ou menos,
Atitudes mais ou menos,

Por que será que não posso ter tudo por inteiro?
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Metamorfose


“O horror será a minha responsabilidade até que se complete a metamorfose e que o horror se transforme em claridade. Não a claridade que nasce de um desejo de beleza e moralismo, como antes mesmo sem saber eu me propunha; mas a claridade natural do que existe, e é essa claridade natural o que me aterroriza.
Embora eu saiba que o horror – o horror sou eu diante das coisas.”

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Cansada, somente

Depois de algum tempo você cansa de corpos vazios, de beijos avulsos e conquistas na noite. Quer colo, aconchego, alguém que te olhe, observe, preste atenção em você. Precisa ouvir palavras verdadeiras, trilhar planos conjuntos, crescer, amadurecer e construir algo sólido. Você cansa de buscar atenção onde não tem,  ler e ouvir a mesma coisa e se agarrar aquela micharia que mais faz mal do que bem. Você cansa de achar caras iguais, de ter atitudes iguais e ilusões iguais.

Você só quer algo verdadeiro,durável, macio, quente e seguro. Nada mais e nada menos. Só reciprocidade.

~~ Dani Lima
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